quinta-feira, 23 de março de 2017

Um dia trouxe-te até mim…
 
Não sei bem ao certo o que vi em ti. Eras diferente das comuns mulheres, tinhas uns olhos de um azul celestial que ao fixa-los viajava... por terras sem fim. Talvez estivesses muito acima de mim, cognitivamente, e isso eu não consegui prever. Tinhas um coração doce, que me queria proteger dos infortúnios da vida, e isso eu também não levei muito a sério. Gostava de ver-te descer a calçada com a tua silhueta deslumbrante e eu, ficava impotente olhando-te sem forma de te haver.
Falamos muito quando tivemos oportunidade de nos conhecermos pessoalmente, vieste até mim, subiste a serra, caminhos por poucos percorridos, e um dia foste embora das nossas conversas prolongadas que te ajudavam a passar o tempo difícil do trabalho, e eu ficava feliz de te ouvir, sentia-me como se estivesses ao meu lado. Foste e não voltaste mais. Talvez tivesse que ser assim mesmo, os nossos caminhos apenas se cruzaram por um tempo, e nesse tempo fui feliz. Obrigado amiga…
 
Quito Arantes
23/03/2017

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