segunda-feira, 4 de abril de 2016

Há dias assim...

Neste reencontro com a minha terra prometida, penso eu! Elevo a minha religiosidade há minha forma particular de olhar para o Deus Supremo.
Certamente não vou bater a mão no peito, mas vou sentir o sofrimento de Cristo crucificado, encarnado nos homens e mulheres que sofrem.
De que me vale ser um acérrimo cumpridor de missas? Não quer dizer que não tenha gosto de ouvir a homilia do Sacerdote. Até que o nosso jovem Pároco é um bom orador e transmite com firmeza a palavra de Cristo.
Digam o que disser do nosso jovem Pároco, mas na minha opinião, é justo e de bom coração, como não podia deixar de ser para um jovem Padre, longe de sua terra, no alto da serra do Laboreiro levando a palavra de Deus, mesmo aos menos crentes.
Cada um deve pensar por sua cabeça. Não será por causa de um funeral, que sendo cristão elevarei a minha hipocrisia junto do templo de Deus.
Na igreja matriz da Nª. Senhora da Visitação, igreja secular deste povo muito querido, elevo as minha mágoas, e rezo… rezo… Não só por meus familiares e por mim. Rezo pela paz no mundo, dos que estão sofrendo muito mais do que eu possa imaginar. Rezo, sozinho na minha interioridade. Peço perdão… Não tenho receio de dizer isto, e sempre a que a justeza exija pedirei perdão ao mais simples do ser humano.
Mas quem sou eu? Sou um simples terreno em passagem por esta vida física que tantas vezes me atropela no dia-a-dia.
Como é confortante entrar num Templo de Deus, é uma inigualável paz que nos circunscrita, e só temos que nos deixar levar pela fé que nos move, pela vontade de praticarmos o bem ao nosso semelhante.
Cada passo que dou percorrendo o corredor central da Igreja da Nº. Senhora da Visitação, é como reencontrar-me com a minha alma. E ajoelho-me, convicto que Deus me ouvirá. Não obtendo resultados imediatos, eles virão no seu devido tempo. A serenidade com que me entrego, ao meu encanto espiritual, é e só isso, uma entrega singular, alheio ao mau-olhado, pouco me importa da crítica sem fundamentação.
Aqui nesta localidade, com uma certa mística que arrasta pessoas de todo o Portugal para perto de si, é o lugar no mundo, percorrido por mim, que me reconforto das minhas amarguras que a vida me trouxe, e com o tempo toda a gente nativa vai perceber que sou e serei um homem de bom coração como qualquer um castrejo.
Q.A.

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