sexta-feira, 18 de março de 2016

 É sempre com agrado que visito a minha cidade materna.
Aqui na cidade de Barcelos encanta-me o exótico popular das gentes e manufaturas por elas executadas com excelente perícia.
Apesar de já não me considerar um citadino, ainda tenho alguns tiques de muitos anos por aqui passados onde a cidade era pequena demais para mim, mesmo que fosse Londres ou Nova Iorque.
Havia a necessidade do encanto da natureza, das montanhas sem fim, do ar puro da serra, agreste, gélido e esplendo...roso na primavera e verão, para depois cair numa nostalgia terna do outono.
É sempre bom encontrar amigos nesta Rainha do Cávado que deixei, mas não me esqueci.
Descer à cidade será sempre de cabeça erguida, alheio ao desprezo de quem nunca soube compreender as minhas ingénuas e honestas convicções.
Ainda hoje, passados quase cinco anos que deixei a cidade tenho amigos barcelenses que me vão visitar e que os recebo com o maior prazer na minha modesta casa da serra. Posso até ser um lírico, um inconstante, um louco, etc., mas não me chamem de desonesto porque isso eu nunca vou permitir na minha consciência.
Tenho lidado com gente de todo o Portugal, norte a sul, e até gente dos quatro cantos do mundo, que por Castro Laboreiro passam, e alguns até ficam por tempo indeterminado. Isso só me faz concluir que nas pequenas conversas que vou tendo com as pessoas, a minha escolha de arriscar o resto da minha vida na serra do Laboreiro, foi a coisa mais acertada que fiz em toda a minha vida. Quem sabe?
Um grande Abraço para o povo barcelense, amigos e familiares barcelenses.
Q.A.



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