Todos os dias pela fresca da manhã, gostava de
ir ao terraço de sua casa e apreciar o nascer do sol, ouvindo os sons da
natureza, o vento a ranger as giestas, os melros dando ar da sua graça com os
seus chilreares. Estava inserido na natureza onde conseguia ter a serenidade
que tanto precisava para a sua escrita criativa.
O seu lema não tinha a ver com o futuro, mas sim
com o presente precedido de um “Até sempre”, que era como um chamamento para a
sua vida, um estar sempre presente no seu dia-a-dia. Não gostava de despedidas,
se havia alguém que lhe era querida, então, era um simples “Até sempre”, como
que se o tempo não se perdesse no infinito, e permanecesse sempre num tempo
presente. Ser solitário não era para ele sinónimo de solidão, mas sim de ter um
tempo para reflexão, para poder pensar pela sua cabeça, autocriticar-se de
incorreções inconscientes.
by Quito Arantes
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