sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

" Até Sempre! "

Adolfo era um sentimentalista, por vezes perdia-se nas emoções, e viajava em sonhos sem fim. Ia ouvindo histórias daqui e dali, histórias felizes e outras muito tristes, que tentava memorizar para mais tarde poder ficcioná-las. A informação que ia recebendo era muito avulsa, teria de estruturar as ideias de forma que ganhassem conteúdo.

Para ele começar um livro e desenvolvê-lo era um cavalo de troia, lutava com os seus fantasmas para que tudo corresse bem. Muito embora não fosse enfadonha a sua escrita, por vezes perdia-se em pormenores sem grande relevância para depois entrar a fundo na história. Vivia aquele momento de escrita como estivesse a viver a situação transcrita. Ao criar os enredos, mergulhava neles de corpo e alma. Por vezes queria crer que eram verdadeiros, embora soubesse de ante mão que eram do seu imaginário.

Excerto do livro a publicar
Quito Arantes

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