terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

"A Carta nas Quatro Estações "

Capítulo XXVIV

Todo este emaranhado de sentimentos, flui pelo sentir que a natureza nos oferece. Sair pela manhã fresca, e não sentir o ar carregado, mas sim, toda a pureza da natura que me abarca em cada recanto que observo, é a melhor dádiva do Supremo, que me indica o caminho certo a seguir. Não sou, propriamente, um crente fiel das doutrinas cristãs, mas existe uma força maior que me faz caminhar, cada dia que passo em comunhão com o ambiente serrano. Por vezes as dificuldades naturais são uma forma de crescermos interiormente, de saber que existe um mundo para ser vivido.
Ainda ontem pela manhã, foi tempo de conversa de café, não de achincalhamento da vida alheia, mas de questões sociais pertinentes com que nos debatemos no dia-a-dia. Gosto de conversas interessantes, que me façam crescer como pessoa. Gosto de aprender a cada momento, sentir que a pessoa amiga, me dá novos ensinamentos para o meu caminhar. Entrego-me de corpo e alma a uma boa conversa, gosto de sentir que as pessoas conversando comigo, não é tempo perdido. Eu compreendo que nem toda a gente teve formação para grandes floridos nas conversas, mas a sabedoria popular, e o saber desmitificar ignorâncias, é também, uma forma de estar a vida. Nunca me senti superior a ninguém, sou simplesmente um ser só, que vai aprendendo com o mais humilde do ser humano. Estar com uma pessoa, intelectualmente evoluída é o mesmo que estar com o mais simples cidadão. Vou aprendendo com toda a gente de forma diversa.

Excerto de "A Carta nas Quatro Estações "

by Quito Arantes


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