quinta-feira, 21 de novembro de 2013

O HOMEM DA CIDADE

Na vizinhança do seu bairro já havia quem dissesse que ele não queria trabalhar, que era um aventureiro, que andava a viver às custas da sua tia. Mas isso era inevitável, quem está de fora dá-se a essas coisas.
Despediu-se mais uma vez da tia, e no seu ar de caso, pôs-se a caminho das terras do Côa. Estava dividido entre, resolver os seus problemas existenciais e o seu namoro com Joana. Naquele momento da sua vida as duas coisas não eram muito compatíveis, mas poderia sempre minimizar os danos.
Joana sabia que ele estava a passar por uma fase difícil da sua vida, a instabilidade emocional e ânsia de querer ajudar os mais desfavorecidos, eram uma barreira entre os dois. Ela era mais terra a terra, sabia que a vida se encarregava de fazer justiça. Mas o seu amor por ele estava a superar todas aquelas divergências. Disposta a lutar por ele até às últimas consequências, esperava por ansiosamente para uma conversa construtiva e ajudar a encontrar uma solução para os dois.

In " O Homem da Cidade "
 
(Excerto) a editar

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